SE ELEIÇÕES FOSSEM AGORA, DILMA VENCERIA NO PRIMEIRO TURNO

Dilma Rousseff (Foto: Agência Brasil)
Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (24/10) sobre a sucessão presidência mostrou que a presidente Dilma venceria no primeiro turno se as eleições fossem agora e seus adversários fossem Aécio Neves, pelo PSDB, e Marina Silva ou Eduardo Campos, pelo PSB. A pesquisa foi realizada em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo.
Em três dos quatro cenários avaliados pelo instituto, Dilma tem entre 39% e 41% das intenções de voto, mais do que a soma das preferências pelos adversários. Em apenas um dos cenários, com Serra e Marina na disputa, a petista não supera a soma dos adversários.
Potencial de votosA atual presidente conta com mais eleitores consolidados na corrida presidencial, mas ela chega a empatar com Marina Silva (PSB) quando o Ibope avalia o potencial de voto dos concorrentes. Para medir esse potencial, o instituto apresenta aos entrevistados o nome de cada possível candidato, um de cada vez, e pergunta se votariam neles com certeza, se poderiam votar, se não votariam de jeito nenhum ou se não os conhecem suficientemente para opinar.
Há outro empate entre Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB): ambos têm potncial de voto de 31%. Os dois se destacam por apresentar as maiores taxas de desconhecimento por parte do eleitorado: 17% e 20%, respectivamente, dizem não ter informações suficientes para declarar voto neles.Na soma dos dois primeiros quesitos (votariam com certeza ou poderiam votar), Dilma e Marina aparecem com 53%. A diferença é que, entre os eleitores seguros do voto, a presidente tem 33%, mais do que o dobro da eventual adversária (14%). Outros 20% dizem que poderiam votar em Dilma, e 39%, em Marina.
Rejeição
No caso de Serra, o maior destaque é a taxa de rejeição, de 47%, a maior entre todos os nomes testado pelo Ibope. Mas, como o ex-governador de São Paulo e ex-candidato à Presidência pelo PSDB é mais conhecido, seu potencial de voto é até maior que o de Aécio: 38%.
Dilma tem taxa de rejeição de 38%, similar à de Aécio (40%) e à de Campos (39%). O nome de Marina é descartado por apenas 31% dos eleitores.
A pesquisa evidencia os nichos nos quais os concorrentes são mais fortes ou fracos. Dilma, por exemplo, tem potencial de voto de 72% no Nordeste e de 45% no Sudeste; de 75% entre quem tem renda familiar de até um salário mínimo e de 41% entre os que ganham cinco salários mínimos ou mais. O perfil de Aécio é o inverso da petista. Seu potencial de votos na região Sudeste é de 45%, o dobro do registrado no Nordeste. Entre os que ganham mais de cinco salários, o tucano tem 41% de "votariam com certeza" ou "poderiam votar" - no outro extremo das faixas de renda, apenas 25%
Avaliação estável
A pesquisa mostra que a avaliação do governo Dilma Rousseff, que vinha em trajetória de recuperação desde a queda em meio aos protestos de junho, parou de melhorar. Dos entrevistados, 38% consideram o governo ótimo ou bom, praticamente o mesmo índice observado em setembro (37%). Houve um ligeiro aumento na parcela do eleitorado que vê o governo como ruim ou péssimo, de 22% para 26%. A taxa de "regular" variou de 39% para 35%.
A aprovação ao desempenho pessoal da presidente ficou em 53%, contra 42% de desaprovação. No mês passado, esses índices estavam em 54% e 40%, respectivamente. A população se mostra dividida em relação à confiança em Dilma: 49% dizem confiar nela, e 46%, não.
A aprovação ao governo é maior entre os eleitores do Nordeste (53%), com renda de até um salário mínimo (57%), e com escolaridade até a 4ª série do ensino fundamental (47%).
Entre os eleitores que pretendem votar em Dilma em 2014, a aprovação ao governo varia de 72% a 75% nos diversos cenários avaliados pelo Ibope. No eleitorado de Aécio Neves (PSDB), a aprovação não supera 15%.