Polícia vai abrir inquérito para investigar fuga de presos no Paraná

A Polícia Civil irá abrir um inquérito para investigar a fuga em massa que ocorreu na cadeia de Cambé, no norte do Paraná. Segundo o delegado Jorge Barbosa, imagens das câmeras de segurança estão sendo analisadas e agentes de cadeia, policiais e alguns presos serão ouvidos.
Sessenta e quatro presos fugiram na manhã de terça-feira (4), após detentos renderem um agente de carceragem que foi entregar o almoço e recolher o lixo. Depois, os presos abriram uma das portas, agrediram um policial civil e escaparam. A arma de uma policial, que fazia a ronda no pátio da delegacia, foi levada durante a fuga.
Até as 14h30 desta quarta-feira, 37 dos 64 detentos foram recapturados. A maioria foi encontrada logo depois da fuga, nas proximidades da cadeia. Alguns dos presos invadiram estabelecimentos e casas, e dois carros foram furtados. Policiais continuam buscas na cidade e na região para localizar os foragidos. A cadeia de Cambé fo projetada para abrigar 50 presos, mas contava com 169 detentos na hora da fuga, conforme a Polícia Civil.
saiba mais

Sobre a fuga, Jorge Barbosa disse que não acredita em facilitação dos agentes, porém vê a possibilidade de falha humana no caso. “Os agentes de cadeia foram treinados para não entrarem sozinhos na galeria, e o policial sabe que não pode abrir a porta em nenhuma situação”, explicou.
Policial reclama da falta de segurança
Agredido durante a fuga dos presos, o policial civil Samuel Rolim contou que tentou conter a fuga, mas não conseguiu. "No que abriram o cadeado após renderem o agente, eu abri a porta e puxei ele, mas não conseguimos segurar os presos", disse.
Rolim relatou que "corre um risco constante" trabalhando na delegacia de Cambé. "Os agentes trabalham sem arma, até pelo risco dos presos pegarem. Eramos apenas dois de plantão. Eu fui agredido e poderia estar morto", afirmou.