Correria na região dos portões, que foram abertos às 12h. tem alunos que saíram de casa 3h antes da prova

O primeiro dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começou neste sábado, às 13h. Os portões foram abertos aos estudantes uma hora antes. Muita correria na entrada dos locais das provas a jovem Elisa Elaine Dias, de 19 anos, que chegou dez minutos antes do prazo final com a filha de apenas um mês e 25 dias nos braços. A sensação era de alívio. 

Anderson Stevens/Futura Press
Movimento de estudantes durante a abertura dos portões da Universidade Católica de Pernambuco
A estudante, no entanto, tinha dúvidas se poderia sair para amamentar durante o exame. "Igual a pessoa que vai ao banheiro, eu quero amamentar a minha filha", disse. O porteiro da Faculdade Uninove da Barra Funda afirmou que ela precisaria falar com a coordenação e que possivelmente havia uma sala para amamentação.
Com medo de atrasos, dezenas de candidatos foram vistos concentrados em frente aos colégios e universidades que recebem a prova. Em São Paulo, por exemplo, o iG conversou com alunos que saíram de casa até três horas antes para evitar surpresas. Era o caso do estudante Júlio Santos Cruz, de 18 anos, que veio do Jardim Mirian, também na zona sul.
Ele precisou pegar ônibus e metrô para chegar ao local. Com medo, saiu de casa antes das 10h. Estudante do 2º ano de um colégio público, Cruz diz que veio testar seus conhecimentos. "Ainda não sei qual faculdade quero prestar, mas vim testar e saber o que preciso melhorar".
O jovem José Guilherme, 16 anos, também já estava no local e faria a prova como treineiro. Ele busca apenas testar os seus conhecimentos já que no ano que vem tentara uma vaga de Medicina. "Minha mãe é enfermeira e tenho vários parentes médicos. Foi natural querer seguir o mesmo caminho". Estudante do Objetivo, José disse que é a primeira vez que faz a prova. "Tem que levar a sério. O Enem está muito importante".

Jovens Karina Alix e Karina Balega saíram de casa bem mais cedo para evitar atrasos neste sábado
As amigas Karina Andrade Alix, de 18, e Karina Balega, de 19, terminaram o ensino médio no ano passado e resolveram que este era o momento para tentar ingressar no ensino superior. Moradoras da região do Ipiranga e companheiras de trabalho, elas saíram de casa por volta das 10h.
Karina Balega tentará vaga para arquitertura. "É a primeira vez que presto, vou na sorte. Também vou tentar um curso técnico, mas ainda estou pensando nas minhas opções", diz. A amiga, por outro lado, decidiu que quer cursar propaganda e marketing. É a segunda vez que ela faz o Enem e diz que no ano passado achou a prova muito difícil.
"Especialmente Química e Física. Tem muita coisa que eu não aprendi no colégio. Apesar de público, o colégico tinha bons prodfessores. Sinto que o ensino superior público é só para um aluno que veio de um escola particular".
Do lado de fora
Enquanto os estudantes prestam a prova, os familiares aguardam do lado de fora. A família da Gabriela Curado, de 16 anos, é unida. A estudante, que vai fazer o Enem na Uninove Barra Funda, em São Paulo, veio acompanhada da mãe, prima e do irmão de 3 anos.
"Vamos ficar aqui do lado de fora esperando. Se ficar muito complicado para o pequeno, vamos das um passeio no Parque da Água Branca, aqui do lado", disse Suellen Curado, mãe da menina.
Gabriela está no terceiro ano de um colégio de Pirituba, na Grande SP. Ela disse que além das aulas na escola, está estudando mais duas horas diárias por conta em casa. " Vou prestar vestibular para psicologia na UnB e na Federal de Goiás, acho que o Enem ajuda para a Federal de Goiás", disse.
Muito calma, a estudante disse que se não passar no vestibular e se não for bem no Enem vai comtinuar tentando no próximo ano. A única preocupação da estudante é encontrar a família após o prova de hoje. Eles vieram comigo porque eu não sei voltar daqui para casa", confessou a menina que nasceu no Distrito Federal e que se mudou seste ano para Pirituba.