Alberto LeandroSegundo a Conab, o Governo quer estimular o consumo de feijão
“O governo quer estimular o consumo do feijão, ressaltando as suas propriedades nutritivas e, por isso, o quilo não pode custar R$ 7, quando há pessoas com renda de apenas R$ 70 por mês. Assim, foram tomadas medidas para estimular a produção, com a elevação do preço mínimo para a saca de 60 quilos, garantido ao produtor, de R$ 74,16 para R$ 95 (feijão de cores ou carioca) e para R$ 105 o do feijão preto”, explicou Ruas, ao divulgar as perspectivas para a próxima safra, durante debate promovido pela Conab.
Segundo o especialista da Conab, é uma política baseada na premissa de que é preferível ter um excesso do produto em estoque do que um preço muito alto que dificulte a comercialização. Por isso, se a previsão de uma boa safra se confirmar, o governo vai adquirir todo o excesso da produção e formar estoque, para que os produtores não tenham prejuízo, destacou Ruas.
Para ele, não há problema em estocar o feijão preto, que pode ser armazenado por até um ano e meio sem perder qualidade, diferentemente do que ocorre com o feijão de cores. A produção total de feijão no país resulta da colheita de três safras anuais e a previsão de 3,56 milhões de toneladas na safra 2013/2014 supera a de 2012/2013, que totalizou 2,83 milhões de toneladas.
Agronegócio vai ajudar a combater inflação, diz Mapa
Brasília (ABr) – Com aumento de 12,6% sobre a safra do ano passado, a safra brasileira de grãos 2012/13 deve atingir 187,09 milhões de toneladas. O incremento na comparação com o ano passado (166,20 milhões de toneladas) se deve, principalmente, às culturas de soja e de milho. Para o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, o resultado é uma demonstração de que o agronegócio é o setor “que mais ajuda a combater a inflação, garantindo preços mais baixos e produtos de melhor qualidade para a população”.
Os números foram divulgados nesta semana pela Conab no 12º levantamento sobre a safra deste ano, que registra também estimativa de 53,34 milhões de hectares de área plantada, 4,8% maior (2,46 milhões de hectares) que a área cultivada em 2011/12 (50,89 milhões de hectares). O levantamento foi realizado de 19 a 23 de agosto de 2013 nos principais municípios produtores e instituições ligadas à produção agrícola do país.
O ministro Antônio Andrade ressaltou que o aumento da produção foi três vezes maior do que o da área plantada, o que demonstra o bom desempenho dos produtores rurais brasileiros que compõem a safra 2012/2013. Apesar desse resultado, Andrade disse que o ministério terá de trabalhar, ao longo de 2013, com orçamento inferior às necessidades da pasta. Além disso, Andrade lembrou que a pasta teve recursos “contingenciados” (bloqueados) pela área econômica.
Fonte: Tribuna do Norte